domingo, 16 de maio de 2010

Escolhas

Recentemente fui almoçar com uma amiga, também coach, e em meio a nossa conversa onde ela mec contava sobre alguns assuntos pessoais, ela diz: "É muito bom poder escolher, sabe?"

Continuamos conversando, mudamos de assuntos diversas vezes, falamos de trabalho, expectativas. E saí de lá com essa frase na cabeça. Dizem que a vida é feita de escolhas e que temos o livre arbítrio para decidir o que queremos da vida. A dúvida que me ficou é se realmente as pessoas se dão conta desse poder, o poder da escolha.

Durante os anos que trabalhei como professor na academia conheci muita gente de diversos tipos e origens, cada um com seu conjunto de valores, conscientes ou não. Cada um deles escolheu se matricular na academia. Muitos decidiram não por vontade própria, ou seja, por sua livre e espôntanea escolha, mas por "obrigação". O médico mandou. Minha mãe mandou.
Será que se o médico levasse o seu paciente a refletir sobre a importância da prática de exercícios físicos, a importância de sentir que ele mesmo fez essa escolha não tornaria a rotina de academia menos chata? Praticamente 100% dos alunos que vinham por "recomendação" médica diziam: "Não gosto de fazer exercício". Algo externo controlando sua vida não é uma sensação agradável.

O outro lado da moeda agora, e tive uma experiência recente disso, é que algumas pessoas podem considerar o fato de que todo mundo tem o poder de escolhas nas mãos, algo egoísta. Eu mesmo considerava isso. Sempre me preocupei muito com os outros. Quando fiz a palestra na Fefisa, uma aluna me perguntou (quando falava sobre presença), se esquecer do passado não era algo egoísta. De modo algum. Depende como você faz isso. O poder da escolha é exatamente igual, e se você pensar de maneira abrangente, toda decisão ou escolha que faça irá afetar a vida de outras pessoas. 

Então por que não escolhermos o que for melhor para nós e que cause menos impacto possível (negativo ou prejudicial) em terceiros? A isso chamanos de Ecologia da meta. Quem ganha e quem perde com sua escolha? O que você ganha ou perde com sua escolha? Há maneiras de evitar ou amenizar o efeito? 

Há um comercial de carro onde o pai leva o filho para prestar a prova do vestibular, e na conversa o pai faz uma metáfora entre o ato de dirigir um carro e a vida. Existem momentos de ir devagar, momentos em que temos que acelerar e ultrapassar obstáculos, momentos de parar um pouco, mudar de caminho. Mas sempre é você que está no controle, dirigindo, escolhendo.

E você, está fazendo suas escolhas?!

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